Aos 16 anos, Salvador de Almeida sofreu um acidente de moto que o deixou tetraplégico. Cinco anos depois, em 2003, ele fundou a Associação Salvador em Lisboa, capital de Portugal. O objetivo da associação, segundo ele, é incentivar a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência. “Queremos mostrar que eles têm de lutar pelos direitos”, afirma.
Salvador conta que trabalha para aumentar a participação das pessoas com deficiência na sociedade. “É preciso se mostrar, pois a sociedade só se move quando vê o problema”. Em Fortaleza pela primeira vez, ele veio contar sua experiência no II Fórum de Deficiência e Acessibilidade, realizado ontem na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).
O português conta que ainda não conhece as ações de inclusão promovidas no Ceará, mas, baseado na experiência, recomenda: “O mais importante é não ficar em casa”. Conviver com a sociedade, para ele, é a melhor forma de os deficientes garantirem os direitos. Realizar atividades esportivas, de lazer e cultura é uma forma de assegurar, inclusive, integração profissional.
De acordo com Gláucia Andrade, realizadora e promotora do fórum, a proposta do evento é dar visibilidade às ações de inclusão e acessibilidade. “Queremos acordar a sociedade para esse mundo que ainda é excluído”, explica.
Segundo ela, atualmente existem novas demandas de acessibilidade, diferentes das do passado. “Já houve avanços, mas o tempo passa e as demandas mudam”.
Com o tema “Nenhuma deficiência limita a vida”, o evento busca estimular o comprometimento com ações de inclusão de pessoas com deficiência. Rampas que não atendam as necessidades, por exemplo, não são eficientes. “Acessibilidade só por fazer não vale a pena”, avalia Salvador.
Entre as ações expostas no fórum, está a realização de cursos de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
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