quinta-feira, junho 30, 2011

Lan house pode ser obrigada a ter computador adaptado para deficiente visual

 

A Câmara analisa o Projeto de Lei 188/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), que obriga lan houses e estabelecimentos similares a oferecer equipamentos adaptados para o atendimento de deficientes visuais – como teclados em braile, programas de informática para leitura de tela ou apresentação em caracteres gigantes, fones de ouvido e microfones. A proposta é idêntica ao PL 7151/10, do ex-deputado Edmar Moreira, que foi arquivado ao final da legislatura passada.
Lan houses são casas comerciais em que as pessoas podem pagar para ter acesso à internet e a uma rede particular de computadores, para entretenimento, busca de informações ou jogos on-line.
Conforme o texto, os equipamentos serão exigidos em locais com no mínimo dez computadores. A partir de 20 computadores, o estabelecimento também terá de oferecer piso especial para locomoção de deficientes visuais. "Infelizmente, a inclusão digital não está sendo feita de forma justa e verdadeiramente inclusiva, porque as lan houses não possuem computadores adaptados aos deficientes visuais", ressalta Prado.
A proposta dá prazo de 120 dias, após a publicação da lei, para que os estabelecimentos estejam adaptados. Os infratores estarão sujeitos às penalidades previstas no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) – por exemplo, multa, suspensão temporária ou interdição do local -, além de eventuais sanções do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei 8.069/90).

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

segunda-feira, junho 27, 2011

Para deficientes, trabalhar em casa é "meia inclusão"

Muitas empresas oferecem esse opção para não terem que se adaptar fisicamente

Pode ser o sonho de muita gente trabalhar em casa, com uma roupa confortável, perto da geladeira, longe do transporte público e do trânsito caótico das grandes cidades. Para as pessoas com deficiência, no entanto, esta é uma forma das empresas driblarem a lei de cotas e promoverem uma "meia inclusão". "A alternativa do trabalho no próprio domicílio deveria ser apenas para pessoas que realmente não têm condições de locomoção, mas que ainda podem ser produtivas", defende o deficiente visual Robson Batista Pereira.
Aos 32 anos, Pereira está se formando no curso de direito e ainda não conseguiu colocação no mercado de trabalho na área. "Hoje minha especialidade é call center", diz. Segundo ele, diversas empresas já ofereceram a instalação de computador e telefone em sua casa, de forma que não precisaria mais se locomover até o escritório. "Eu não aceitei porque gosto de ir para a rua, enfrentar as dificuldades, conhecer pessoas e poder pedir ajuda ao meu gestor."
Para Paula dos Santos, 43 anos, que sofre de esclerose múltipla, a interação com outras pessoas é fundamental para a verdadeira inclusão, tantos para os deficientes quanto para não deficientes. "As empresas que nos deixam em casa não estão pensando em facilitar a nossa vida exatamente. Acho que estão pensando em não ter de oferecer um ambiente acessível, nem ter de fazer os demais funcionários lidarem com a gente, olhar pra gente."
Afastada há 18 anos do mercado de trabalho, Paula faz um curso de formação no Instituto Pró Cidadania, já contratada por uma empresa, e está animada em voltar a conhecer pessoas. "Esse contato social tem sido rico para mim. Poder ver o mundo para além da minha doença", diz. O contato com os colegas de trabalho e superiores, na opinião de André Pacheco, 36 anos, também é um valioso estimula para as pessoas continuarem crescendo profissionalmente.
"Sei de muita gente que aceitou trabalhar em casa e acabou se sentindo desmotivado, algumas entraram em depressão," diz ele, que também foi diagnosticado com esclerose múltipla. Apesar das pessoas com deficiência terem uma visão negativa do trabalho em casa, também se sentem coagidas a aceitá-los.
"Como é difícil conseguir emprego, quando nos oferecem o home office é difícil negar. Você não quer passar por vagabundo. Mas a verdade é que a gente quer mesmo é trabalhar na empresa", explica Eduardo Jesus Alves, 33 anos, que perdeu uma perna em acidente de moto. Antônio Rodrigues Lins, 39 anos, resume o sentimento dos demais: "a gente quer ter a oportunidade de ver o mundo de uma forma diferente, para além do espaço da casa."

sexta-feira, junho 24, 2011

Fortaleza sedia torneio de tenis para cadeirantes

Começou nesta quinta-feira (23) e vai até domingo (26), o Torneio Internacional de Tênis Cadeirantes, em Fortaleza. A competição vale pontos no ranking mundial e também classificação para o para pan de Guadalajara e Paraolimpíada de Londres. Mas com a superação desses atletas, todos são campeões.

segunda-feira, junho 20, 2011

DIFICULDADES DO DIA A DIA

Olá a todos me chamo Leonardo e sou cadeirante a quase 4 anos
e hoje sinto na pele as dificuldades de locais não adaptado vou compartilhar uma pequena e ruim experiencia que tive ha alguns dias...
Eu sou um usuário frequente de transporte coletivo aqui em Fortaleza e sei o quanto é difícil e chato ficar tanto tempo esperando um ônibus e o pior de tudo é que quando vem, os motoristas ainda não param.
Mas por incrível que pareça tem algo mais chato,que é quando o ônibus vem e o motorista não sabe manusear o elevador ou quando o ônibus estar circulando com o elevador com defeito  e  vc não tem como reclamar.
Agora falarei o que aconteceu comigo, certa vez, aconteceu comigo as coisas que foram citadas acima, e decidi ir até a administração do terminal do Siqueira aqui em Fortaleza e eu fiquei muito surpreso quando eu vi que o terminal só tem uma rampa de acesso bem perto da administração porém pra se chegar até essa rampa temos muitos outros obstáculos e infelizmente não tem nenhuma outra rampa fiquei um bom tempo esperando que uma pessoa saísse da sala e fosse até onde eu estava pra que eu pudesse fazer a reclamação.
Daí eu pergunto: Onde está o direito de ir e vir do cidadão brasileiro?
Um terminal de ônibus de uma cidade tao grande como fortaleza
não dar tal liberdade as pessoas com deficiência?




Eu faço um apelo a todos, quando verem essas irregularidades, denunciem pois acredito que quando todos estiverem lutando pelo mesmo objetivo "talvez" consigamos fazer com que as coisas aconteçam da forma que tem que ser.

sexta-feira, junho 17, 2011

EX-BBB SUPERA SEUS LIMITES EM PARACANOAGEM, E AGORA QUER MOTOCROSS

Fernando FernandesDono dos títulos brasileiro, sul-americano e mundial em paracanoagem, atleta pretende se superar praticando também motocross
Depois de sofrer um acidente de carro em 2009, que causou uma lesão na medula e o deixou paraplégico, o ex-BBB Fernando Fernandes descobriu um talento no esporte e se tornou campeão mundial de paracanoagem. Sem pensar em abandonar os remos, o atleta, apesar da deficiência, agora já pensa em participar de outras modalidades mais radicais, como o motocross.
- Antes do acidente, andar de moto era algo que eu já fazia. Agora um amigo inventou uma moto (adaptada) e eu já estou treinando – revelou.
O Zona de Impacto foi até São Bernardo do Campo, a 40 minutos de São Paulo, para acompanhar um dia de treino de Fernando, que começa bem cedo. Após um leve aquecimento, o canoísta se concentra para evitar lesões ao entrar no caiaque.
- Meu glúteo é minha sola do pé. Fico sentado o tempo inteiro. Então qualquer machucado nesse momento de transição, acabou. São de dois a três meses parado. É o momento mais tenso – disse à apresentadora Roberta Garcia.

Uma vez na água, Fernando explica que a grande diferença entre ele e um atleta sem limitações é que as pernas ajudam o caiaque se movimentar. Sem os movimentos da cintura para baixo, o ex-participante do Big Brother Brasil precisa utilizar toda a força dos braços para compensar a falta que as pernas fazem.
- Para eu estar bem firme em cima do caiaque, tenho que deixar minha perna em hiperextensão. Então o que eu faço: eu sento aqui e encaixo a minha perna para que o caiaque faça realmente parte do meu corpo. Como eu não tenho a musculatura da perna, ficando em hiperextensão eu consigo controlar, projetar força – explicou.
A história de superação de Fernando contagiou futuros paratletas, como Cleuton Nunes e Luiz Carlos da Silva. Os dois estão empenhados nos treinamentos e, para eles, a canoagem se tornou uma forma de se tornar independente.
- Experimentei basquete, experimentei o rúgbi, mas não me vi com liberdade. Como sou ex-atleta, não me via com a liberdade que eu vi na canoagem – disse Cleuton.

quarta-feira, junho 15, 2011

Descaso e desrespeito!

Eduardo Albuquerque

DESCASO E DESRESPEITO!

Quem acha que a vida é difícil e costuma reclamar de tudo, não conhece a história de Eduardo Albuquerque, 37 anos, ambulante e, principalmente, cadeirante. Não sabe o que é sacrifício. Nem faz ideia das dificuldades enfrentadas para executar coisas simples do dia a dia, como pegar ônibus. Não por causa dos problemas comuns ao transporte de massa, como coletivos que demoram ou andam superlotados. Os obstáculos de Eduardo começam muito antes.
A luta do cadeirante, contada a seguir, não é apenas dele. Representa a história de pelo menos 600 pessoas. Gente que tem acesso gratuito aos ônibus da Região Metropolitana do Recife por causa da deficiência motora. Gente que precisa da cadeira de rodas para se locomover. E o curioso é que, o que no passado era o principal obstáculo, a falta do elevador nos ônibus, agora está minimizado. Existem 1.027 coletivos com o equipamento. Mas é muito comum os elevadores apresentarem defeitos, o que prejudica os cadeirantes e, principalmente, irrita os passageiros.
Esse é um dos principais obstáculos aos cadeirantes. Eles se sentem intimidados pela falta de compreensão de alguns usuários. Outras pessoas no lugar de Eduardo Albuquerque desistiriam de sair de casa. Ou iriam à rua somente nas situações de extrema necessidade. Mas Eduardo não desiste. Começou abordando a reportagem do JC na rua para relatar o drama que vive diariamente. Convenceu a equipe a fazer a matéria e constatar as limitações que enfrenta todos os dias. Depois de acompanhá-lo, a vontade, realmente, é de desistir.
Eduardo tem aposentadoria, mas precisa trabalhar diariamente no cruzamento da Rua Joaquim Nabuco com a Avenida Agamenon Magalhães, área central do Recife. É conhecido de muita gente. A cadeira de rodas é um fiteiro ambulante. Vende pipoca, balas, chicletes, canetas. Um guarda-chuva preto o protege da chuva e do sol. Mas para chegar lá todos os dias, pena bastante. Sai de casa, na Cidade Tabajara, Olinda, pouco antes das 5h para conseguir estar no trabalho às 6h30. Pega dois ônibus para ir e outros dois para voltar. Não paga passagem, é verdade. Mas paga caro para conseguir se deslocar, para ver seus direitos respeitados.
Não tem sequer um espaço para andar. Precisa circular pela Avenida Agamenon Magalhães, pulmão viário da capital, por onde trafegam 60 mil veículos dirigidos por motoristas sempre apressados. Arrisca-se pelo canto das ruas, no sentido contrário do tráfego, para chegar à parada de ônibus. Não pode usar a estação mais próxima do seu ponto de trabalho. Não serve por ser inclinada e não ter acesso para a cadeira. Precisa ir até a parada seguinte, no Derby, uma das poucas que têm algo parecido com uma rampa. No trajeto, depende da boa vontade dos motoristas em parar para ele, abrirem passagem. Eduardo corre riscos diários, frequentes. A qualquer momento pode ser atropelado.
Chegar à parada também não é garantia de nada. As estações são estreitas e estão sempre cheias de gente e ambulantes. Carroças ocupam o acesso, não deixam espaço. O jeito é ir pedindo, pedindo. “O pior de tudo é ver que tem gente que não entende. Fica irritada porque preciso passar. Se não ficar pelo menos no meio da parada, perco o ônibus porque o motorista não me vê”, explica Eduardo, paciente e sempre com voz calma. Depois de posicionado, a expectativa é transferida para a chegada do coletivo.
Muitas vezes, ele passa lotado e a operação do elevador é complicada. “É muito comum o equipamento estar com problemas. Outras vezes, a falta de manutenção faz com que ele quebre na hora da operação. É o pior de tudo. Eu prefiro que nem pare, porque os passageiros ficam muito irritados. Em vez de culpar as empresas de ônibus pela falta de manutenção, me responsabilizam. Parece que não compreendem o que enfrentamos diariamente”, afirma. Para seguir em frente, realmente só com persistência e a força de Nossa Senhora, cuja imagem está no terço que o cadeirante hora carrega preso à cadeira de rodas, hora pendurado no pescoço.

A inclusão que exclui

Marilia do Rosário e seu filho Thiago
Marília do Rosário retirou o filho Thiago, que sofre de epilepsia, da escola após a instituição dizer que não o aceitaria mais
Não haverá sociedade inclusiva, enquanto não tivermos pessoas inclusivas” (Profª Susana Sarmiento).
No último Dia das Mães Marília Vieira do Rosário, 29 anos, não ganhou um abraço do filho Thiago, 3 anos. Também não recebeu um cartão nem se emocionou com a apresentação na festa da escolinha. Na ocasião, enquanto as outras crianças cantavam, Thiago permaneceu parado, com as mãos nos ouvidos. Desde que ele nasceu Marília convive com a síndrome de West do filho, um tipo grave de epilepsia, e está acostumada com o comportamento evasivo do garoto, que não fala. O que a frustrou, porém, não foi a reação da criança, mas a decisão da direção da escola, que, após a festa, comunicou que não aceitaria mais o menino.
“Foi muito difícil. Um mês antes, quando o aceitaram, eu disse que ele tomava os comprimidos, que não tinha mais crises e assinei um termo de responsabilidade por ele no período em que passaria na escola. Ficaram com medo de ele ser agressivo, de outros pais reclamarem, mas aceitaram quando expliquei mais sobre a síndrome. Ele poderia ficar até que eu encontrasse outra escola, mas achei melhor tirá-lo [após o comunicado] e ele está em casa.”
Do outro lado, a coordenadora pedagógica da escola, Tatiana Malinverni, explica o porquê da decisão e argumenta que os pais têm dificuldades em entender quando a escola assume não estar preparada para atender algum aluno. “Eu penso no bem do aluno. Seria fácil aceitá-lo aqui, mas ele não estaria desenvolvendo as capacidades de que precisa. Eu gostaria de ter pessoas especializadas ou o espaço necessários, mas no momento não temos e não acho correto aceitar um aluno sem garantir a ele a educação especializada que requer”, diz.
O caso de Thiago, infelizmente, não é raro. Enquanto as escolas públicas caminham para estarem cada vez mais preparadas para atender alunos com qualquer tipo de deficiência, seja física ou intelectual, nas particulares ainda há dificuldade em achar vagas de inclusão. Das dez escolas particulares procuradas pela reportagem, apenas duas se mostraram abertas a receber um aluno de inclusão intelectual fictício. As outras disseram já ter um aluno de inclusão nas turmas da série em questão, o que seria o limite.
Segundo o presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná, Ademar Batista Pereira, não há uma regra que diga que cada turma das escolas particulares possa ter apenas um aluno com necessidades especiais. Mas essa é uma estratégia pedagógica tomada para não prejudicar as aulas. “Essa limitação não existe porque a escola não quer atender os alunos com necessidades especiais, mas porque ela tem de ter consciência de suas limitações e agir com responsabilidade. De que adianta um pai entrar na Justiça para que a escola aceite o filho dele na marra? Educação é parceria entre escola e família, se a inclusão acontecer à força, que tipo de parceria vai existir? Como vai ser o trabalho com esse aluno?”, afirma.
Particular ou pública?
A pedagoga e doutoranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Maria Silvia Bacila Winkeler lembra que perante a lei todos devem ter acesso à educação. E que, dentro da escola, o atendimento pode ser mais facilitado nas instituições públicas, que podem estar melhor equipadas. “Se formos pensar em estrutura física, a pública é melhor, pois recebe financiamentos para espaços diferenciados e salas multifuncionais, o que não existe em muitas escolas particulares”, diz. Mas nem todos estão convencidos da qualidade do atendimento prestado nas escolas públicas, como afirma a psicóloga Miriam Pan, pós-doutoranda em Psicologia na Univer­sidade de Austin, no Texas, Estados Unidos. “Se tivéssemos de fato uma escola pública de qualidade, fazendo uma inclusão de qualidade, provavelmente todos os pais de crianças com deficiências estariam lá e não precisariam bater de porta em porta implorando por vagas nas escolas particulares”, diz.
Acesso não garante qualidade
O grande problema da inclusão é justamente expandir o número de vagas, sem se preocupar com a qualidade do ensino e do atendimento, segundo a psicóloga Miriam Pan, pós-doutoranda em Psicologia na Universidade de Austin, no Texas, Estados Unidos. “Colocamos todos pra dentro da escola, mas para quê?”, questiona. Morando nos Estados Unidos, onde pesquisa a inclusão para seu pós-doutorado, Miriam comenta que o Brasil é um país que tem uma política de inclusão bastante recente e que precisa amadurecer. “Em países como os europeus ou os Estados Unidos a inclusão tem o mesmo discurso, mas é feita com base no fortalecimento da estrutura da educação e investimento em professores e recursos humanos. É um direito da criança com dificuldades estar na escola e ser bem atendida. Nas salas, vai sempre haver um professor regente e um outro habilitado para trabalhar com crianças com necessidades especiais ou um especialista, e não um auxiliar como acontece aqui no Brasil”, diz. Ela também explica que aqui o acesso acontece, mas sem o tratamento que os estudantes precisam. “A inclusão chega sem que a estrutura necessária chegue junto. E não estamos falando só das rampas de acesso ou barreiras arquitetônicas, nós percebemos barreiras em termos de discriminação, preconceito e até indiferença”, diz.
Parceria
O diálogo e o trabalho em conjunto é o que pode fazer com que a inclusão realmente aconteça. E, para que funcione, nada pode ser imposto ou escondido, segundo a pedagoga Maria Silvia Bacila Winkeler. “Um professor que recebe uma criança com deficiência deve ser consultado antes, até para que possa se preparar, assim como os colegas também precisam ser informados para que aprendam a lidar com a situação. Sempre, se temos um novo colega, ele precisa ser apresentado. Precisamos nos conhecer e nos compreender para sabermos agir”, afirma.
Mas ela lembra que, apesar de não ser fácil achar uma instituição adequada para a criança, a luta maior começa com o filho dentro da escola. “Eles precisam olhar com cuidado se a escola do filho realmente aceita a criança e investe na educação dela. Porque,sem isso, é perda de tempo para o aluno e desgaste para a escola e para os pais”, diz. O entendimento entre as partes é fundamental para o aluno e deve ser o objetivo quando se pensa na inclusão, mesmo que ela venha depois de terem sido encontradas muitas portas fechadas.

terça-feira, junho 14, 2011

Conheça o primeiro tetraplégico a saltar de paraquedas

Um salto de paraquedas muito diferente. Luiz Sabiá levou o tetraplégico Fábio Fernandes para voar pelos céus de Cabo Frio. Pela primeira vez na história um cadeirante faz este tipo de salto.

Para isso acontecer houve toda uma preparação, principalmente em relação as pernas. Fábio teve que fazer muita musculação.
A altura do salto era de 4500 metros. A adrenalina foi muito grande e a preocupação redobrada para nada dar errado. Enquanto assistia a matéria, Fábio emocionado dizia que os profissionais que ali estavam eram maravilhosos.
Durante a reportagem um depoimento bastante emocionante. O ex-baterista da banda O Rappa Marcelo Yuka falou sobre a superação deste problema. Ele sofreu um assalto, foi baleado e ficou paraplégico.
Depois de 45 segundos no ar Fábio chega à água e é recebido pela equipe de terra. “O cara me pegou ali na água me deu um abraço, muito feliz.”
No fim o agradecimento para todos que participaram deste projeto. “Obrigado gente por realizar esse sonho, muito obrigado mesmo”.
E para quem está em casa fica o recado dele. “Nossa vida serve de instrumento para abrilhantar e ajudar outras pessoas. Não existe limite para o ser humano e se existe, nós podemos quebrar.”

segunda-feira, junho 13, 2011

Contra a Paralisia Infantil


A primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite acontecerá no próximo dia 18, um sábado. A segunda etapa será no dia 13/08.

Vai ao ar a partir do próximo domingo, 12 de junho, a campanha publicitária de Vacinação Infantil, que contará com uma expressiva ação de divulgação nas mídias impressa, eletrônica e digital. Produzidas pela agência de propaganda Agnelo Pacheco, as peças têm o objetivo de estimular a imunização de 15 milhões de crianças menores de cinco anos.
O protagonista da campanha será o famoso Zé Gotinha, que, após um período como coadjuvante das campanhas, voltou à cena nos últimos anos como símbolo da vacinação infantil.
“Nós resgatamos a força e o carisma do Zé Gotinha. A diferença agora é que ele se modernizou, deixando de ser um personagem formado apenas por traços. Ele ganhou volume, e passou a ter três dimensões. É um personagem superquerido”, destaca o diretor da Agnelo Pacheco em Brasília, Gui Pacheco.
Os filmes são uma continuação da campanha do ano passado, quando um boneco do Zé Gotinha ganhava vida para lembrar os pais de uma garotinha, sua dona, sobre a necessidade de vacinar as crianças contra a paralisia infantil. Os novos filmes usam o mesmo argumento, e têm como inspiração o longa-metragem de animação “Toy Story”. Neles, Zé Gotinha deixa a prateleira de brinquedos para conduzir sua família até o posto de vacinação.
“Nosso público-alvo é, na verdade, os pais das crianças, que são os responsáveis por levá-las ao posto de vacinação”, pontua Gui Pacheco.
A campanha contará ainda com peças para o rádio, mídia exterior e Internet. De acordo com o publicitário, a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é a manutenção do índice atual de imunização, de 95% de crianças nesta faixa etária vacinadas contra a pólio.

Fique atento

A primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite acontecerá no próximo dia 18, um sábado, e será conduzida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A segunda etapa será no dia 13 de agosto, também um sábado. Nesta data, os pais ou responsáveis devem levar as crianças novamente aos postos de vacinação para que recebam mais duas gotinhas contra a pólio. Os pais devem lembrar sempre delevar a carterinha de vacinação de seus filhos aos postos da Campanha para oregistro da imunização.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria das vezes, a criança não morre quando é infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada e transmitida por um vírus (o poliovírus) e a infecção se dá principalmente por via oral.

Depois de cirurgia pioneira, menina que tinha paralisia cerebral realiza sonho de dançar.

Sophie Nugent

Sophie Nugent, 6, sempre quis dançar, mas os efeitos colaterais de uma paralisia cerebral impedia a menina de realizar o seu sonho. A doença foi diagnosticada quando ela tinha 18 meses e, durante os 5 primeiros anos de vida, a garota não pode andar. A historia mudou quando, no ano passado, Sophie sofreu uma cirurgia pioneira nos Estados Unidos. Quatro dias depois do complexo procedimento na coluna vertebral, a menina deu os primeiros passos e já ganhou uma bolsa de estudos para estudar jazz em um estúdio.
“Quando ela foi diagnosticada, cheguei a pensar que jamais a veria andar, muito menos dançar”, afirmou Debra, mãe da garota, ao jornal Daily Mail. A mulher ainda contou que o dia de comprar o primeiro collant de Sophie foi um dos momentos mais felizes de sua vida. “Eu nunca tinha visto ela sorrir com tanta vontade. Ela também não queria mais tirar a malha”, explicou.
Na época da descoberta da doença, os médicos disseram aos pais da menina que ela jamais andaria sozinha – somente com o apoio de andador ou em uma cadeira de rodas. Isso porque a paralisia teve como conseqüência um distúrbio que causa alteração na contração e relaxamento de músculos dos pés (espasticidade muscular). Resignados com o diagnóstico, os pais recuperaram a esperança de ver a filha andar depois de ouvir falar de um procedimento novo realizado no hospital infantil St Louis, localizado nos Estados Unidos. A cirurgia teria que ser complementada com sessões de fisioterapia por muitos anos.
O médico que operou Sophie, Dr.T S Park, é o único do mundo capaz de realizar a cirurgia – que ainda não está disponível na rede pública de saúde. Para pagar o procedimento, de 40 mil libras (cerca de R$ 104 mil), os pais da garota fizeram um empréstimo bancário. A comunidade onde a família vive também ajudou a levantar fundos. Segundo o Dr.T S Park, cerca de 2 mil crianças já passaram pela cirurgia. O especialista tem sido procurado por colegas do mundo inteiro para falar sobre sua técnica, que consiste em cortar os nervos para dar de novo a mobilidade correta à área afetada pela espasticidade muscular.
Debra explicou ao jornal britânico que teve apenas seis meses para levantar o dinheiro, já que o procedimento precisaria ser feito nas férias de verão. “Sophie acabou se tornando uma espécie de celebridade na região em que vivemos. Todos foram muito generosos conosco”, afirmou. A primeira coisa que a menina teria dito assim que soube da cirurgia foi: “Vou dançar”. E, de fato, conseguiu.

Mais de 1 bi de pessoas são portadoras de deficiência, diz OMS


  Alertamos para o termo correto : Pessoas com Deficiência
Mais de um bilhão de pessoas --aproximadamente 15% da população mundial-- são portadoras de algum tipo de deficiência, e 20% delas enfrentam grandes dificuldades em seu cotidiano, revelou nesta quinta-feira um relatório conjunto da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do BM (Banco Mundial).

O documento, o primeiro de caráter global publicado sobre o tema em 40 anos, destaca que poucos países contam com mecanismos adequados para responder às necessidades dos portadores de deficiência.
O número de pessoas com necessidades especiais, além disso, aumenta devido ao envelhecimento da população e da maior ocorrência de problemas de saúde crônicos, como diabetes, doenças cardiovasculares e mentais.
Grande parte dessas pessoas --entre 110 milhões e 190 milhões-- enfrenta ainda barreiras que vão desde a discriminação até a ausência de serviços adequados de atendimento sanitário e reabilitação, passando por sistemas de transporte e edifícios inacessíveis.
Dessa forma, essa parcela representativa da população não tem acesso a um sistema de saúde de qualidade, tem menos sucesso nos estudos e possibilidades de emprego, além de sofrer com maiores taxas de pobreza.
"Devemos fazer mais para romper as barreiras que segregam essas pessoas, em muitos casos excluindo-as da sociedade", disse a diretora geral da OMS, Margaret Chan.
Para isso, a OMS e o BM pedem que os governos acelerem seus esforços para permitir aos portadores de deficiência acessar serviços básicos, além de investir em programas especializados que permitam a estas pessoas desenvolverem seus potenciais.
O estudo ressalta que nos países mais pobres as crianças com necessidades especiais têm menos possibilidades de se manterem escolarizadas que as demais.
Nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico a taxa de portadores de deficiência inseridos no mercado de trabalho é de 44%, o que representa pouco mais da metade do que a das pessoas sem necessidades especiais (75%).
O estudo mostra ainda alguns exemplos positivos, entre eles Curitiba, com seu sistema público de transporte integrado, que facilita o acesso dos portadores de deficiência, adotando um design universal e conscientizando motoristas.
Em Moçambique e Tanzânia, oficinas sobre linguagem Braille e de sinais garantem que as mensagens de prevenção contra a Aids cheguem aos jovens com necessidades especiais.

domingo, junho 12, 2011

Agradecimentos...

Venho através desta postagem agradecer meu grande amigo Wagner D Silva por estar divulgando as postagens do blog em suas redes sociais...
Ele tem feito um grande trabalho,pois tem informado a muitas pessoas sobre  assuntos  referentes aos desafios que os deficientes enfrentam no seu dia-a-dia.

OBRIGADO MEU AMIGO WAGNER!!!!!

sábado, junho 11, 2011

Casas adaptadas e acessíveis (AÇÃO)

Casas adaptadas e acessíveis e informações sobre lugares onde o direito de ir e vir está garantido. Essas duas iniciativas dão dignidade aos deficientes dentro e fora de casa.
“Na opinião de todo cadeirante, as pedrinhas portuguesas tinham que acabar. Eu sei que tem uma série de justificativas para mantê-las, mas eu acho que não pode ser como a gente vê. Todo mundo passa e a manutenção é complicada. Às vezes, fica cheia de desníveis e buracos”, observa Eduardo Câmara, analista de sistema.
Eduardo está na cadeira de rodas há 12 anos. Ele circula pelas ruas do Rio de Janeiro com total independência, mesmo quando se depara com dificuldades, que não são poucas.
A avaliação de ruas e estabelecimentos acessíveis vai parar no blog Mão na Roda, criado por Eduardo há quatro anos. “Eu ajudava algumas pessoas através de comunidades da internet, por e-mail. Então, pensei sobre porque não colocar tudo isso num site. Assim, a informação vai ficar acessível para todo mundo”, justifica.
Ele está sempre atrás de novidades para o blog. O trabalho é voluntário e dividido entre cinco colaboradores. A analista de projetos Cristiana Costa também escreve para o site. Um dos assuntos é a situação das calçadas.
“Ela faz um tipo de buraco. Então, quando chove, enche de água. É horrível para andar. Eu estou sempre andando meio torta”, reclama Cristiana.
Mas os desafios da mobilidade começam antes do cadeirante sair às ruas. Os primeiros obstáculos para quem tem deficiência estão justamente dentro de casa.
No Rio de Janeiro, é desenvolvido um trabalho social que transforma residências em moradias acessíveis. São grandes reformas ou pequenas mudanças que fazem toda a diferença. Na casa, na periferia da cidade, moram três pessoas com deficiência. Entre elas está Juan, de cinco anos.
A vendedora ambulante Viviane Martins não pode pagar pelas adaptações para melhorar a locomoção do filho. “Eu trabalho vendendo bala. O dinheiro dele é dele. Eu não mexo. Compro fralda, remédio e tudo o que ele precisa. Mas para comprar a cadeira para ele, não temos nem condições”, lamenta.
A família recebeu a visita de Rosane Amaral, arquiteta do Projeto Moradia e Acesso, da ONG Rio Inclui. O programa já reformou 40 casas no Rio de Janeiro. O trabalho começa com uma avaliação. O projeto, que atende famílias de baixa renda, começou em janeiro do ano passado.
“São pessoas que tem que estar dentro do município do Rio de Janeiro. Tem que ter uma pessoa com deficiência dentro da residência e uma renda per capita de um salário mínimo por pessoa. A gente avalia quais são os gastos dessa família com saúde”, esclarece Rafael Oliveira, coordenador de projetos da ONG Rio Inclui.
A equipe de obras também conta com uma assistente social. “A assistente social entra com a proposta de fazer um levantamento sócio econômico desse grupo familiar, de compreender as relações familiares que acontecem dentro desse espaço físico”, explica a assistente social Lize Almeida.
Os professores Elza Monteiro e Jorge Souza vivem juntos há 28 anos. As pequenas modificações melhoraram muito a vida do casal.
“Eu subi o vaso sanitário dentro da norma, alarguei a porta, baixei todos os registros e coloquei barras de apoio para que eles tivessem um pouco mais de facilidade na hora do banho”, detalha a arquiteta.
A maior dificuldade era sair com o carro. “Em dia de chuva a gente se molhava todo para poder entrar. Na cadeira não dá para carregar o guarda-chuva”, diz o professor.
Algumas intervenções são maiores. Da casa original do Rian sobraram duas paredes. É uma casa nova. A obra demorou dois meses. Se fosse pagar pela reforma, a dona de casa Renata Oliveira gastaria cerca de R$ 40 mil.
“Eu queria fazer o chão e não consegui. Era um sufoco. O chão era na terra pura. Eu caía muito com ele. Não tinha como passar a cadeira”, lembra Renata.
A casa agora tem quarto, banheiro e cozinha. São ambientes novos e acessíveis.

Venho através desta postagem parabenizar o programa AÇÃO
pelo belo exemplo e por mostrar as dificuldades que as pessoas com deficiência enfrenta no seu dia a dia e por mostrar também as soluções.
Eu pude ver que por pequenas iniciativas muitas coisas podem ser feitas e muitas vidas mudadas

sexta-feira, junho 10, 2011

Superação através do esporte


Wilame Alves de Melo

Tenho 22 anos de idade sou casado e moro em Fortaleza.

Em outubro de 2006 sofri um acidente com arma de fogo,
Isso aconteceu devido uma discurção com um “rapaz” em 
novembro de 2004 em um jogo de futebol dentro da escola na qual eu estudava 
e o mesmo me fez ameaças, na hora eu fiquei com medo,
mas logo depois eu voltei as minhas atividades normais, mais com 2 anos 
após o acontecido eu voltei na mesma escola
para jogar bola com amigos, no mesmo local havia
uns dos parentes do mesmo, e ele simplesmente
foi lhe avisar para que ele fosse à quadra da escola porque eu 
estava lá, e ele incentivado pelo primo pegou uma arma e foi até o 
meu encontro e disparou um tiro na minha costa e saiu correndo. 
Na mesma hora eu caio no chão já sem sentir as minhas pernas, foi ai 
que eu recebi a noticia que tinha ficado paraplégico...



No começo foi difícil tanto pra mim como pra minha família 
que estavam sempre do meu lado me ajudando e me dando força!
Mas eu sempre fui um cara positivo e mesmo com dificuldades 
para se adaptar a uma cadeira de rodas eu levantei a 
cabeça e graças a Deus, minha família e amigos eu
consegui supera essa fase de aceitação e hoje eu to aqui
na luta de um dia poder voltar a andar e de mostra para 
sociedade que uma pessoa mesmo em cadeira de rodas pode ser muito feliz
e levar uma vida normal!



Hoje já tenho 3 anos que sou cadeirante e mais 
ou menos 1 ano eu conheci o projeto (Faça do deficiente um atleta) 
 que fica localizado em Maracanau onde comecei 
a praticar a natação, no começo era 
mais como uma atividade de reabilitação e como uma 
atividade fisioterápica, mas devido a minha disciplina e o bom 
desempenho eu fui motivado pelo projeto a participar
de competições para deficientes, na ultima 
que participei realizado na Unifor que foi os Jogos paraolímpicos da Unifor 
eu tirei oprimeiro lugar na minha categoria nos 50 metros livre 
e hoje um dos meus grandes sonhos é poder representar o Brasil em uma 
para olimpíada, mas pra isso eu preciso de patrocínio para poder manter
os custos dos treinamentos e das competições classificatórias fora do estado.



Wilame alves de melo

Classe: S5 e SB4
Conquistas: 1° lugar nos 50 livre (Vl jogos Paraolimpicos do ceará em 2009)1° lugar nos 50 peito (Vll jogos paraolimpicos do ceará em 2010) 1° lugar nos 100 costa (Vll jogos paraolimpicos do ceará em 2010)1° lugar nos 50 peito (l jogos aguaticos do ceará em 2010) 1° lugar nos 50 costa (l jogos aguaticos do ceará em 2010) 3° lugar nos 50 costa (Circuito Brasil paraolimpico de natação em 2010)1° lugar nos 50 peito (ll menting cearence de natação paraolimpica) 1° lugar nos 50 costa (ll menting cearence de natação paraolimpica)2° lugar nos 50 livre (ll menting cearence de natação paraolimpica)2° lugar nos 50 costa (Circuito Brasil paraolimpico de natação em 2011)3° lugar nos 50 peito (Circuito Brasil paraolimpico de natação em 2011)3° lugar nos 100 livre (Circuito Brasil paraolimpico de natação em 2011)2° lugar Revesamento por equipes (Circuito Brasil paraolimpico de natação em 2011) Obs: Agora em agosto dia 5 eu vou está participando em são paulo  da primeira etapa nacional do Circuito Brasil paraolimpico de natação 2011.
aqui vemos mais uma bela historia  de superação
eu sei o quanto é difícil continua nessa luta sem ter um patrocínio
 eu conheço e sei da capacidade que esse atleta tem e digo que você ta de parabéns Wilame Alves 

SEM PATROCÍNIO FICA MAIS DIFÍCIL 
Aqui estão os contatos...
Wilame Alves
         (85) 34975082 / (85) 88135858
           Presidente do Projeto:
       Edivaldo: (85) 86301718

quinta-feira, junho 09, 2011

Pessoas com deficiência poderão ter preferência em causas judiciais e administrativas


Projeto de lei dá prioridade para processos tratem da deficiência de algum cidadão

Causas judiciais e administrativas que tenham pessoas com deficiência como parte ou intervenientes poderão contar com prioridade de tramitação. Esse tratamento diferenciado é contemplado em projeto de lei (PLS 216/04) do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), aprovado em decisão terminativa , nesta quinta-feira, dia 2, pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

Ao apresentar parecer favorável à proposta, o relator, senador Eduardo Amorim (PSC-SE), optou por aproveitar o teor do substitutivo aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Assim, a concessão do benefício ficará condicionada às causas que tenham vinculação com a deficiência do interessado. Essa ressalva deve-se à necessidade de respeitar o princípio constitucional da isonomia.

Para viabilizar a concessão dessa preferência, o projeto altera a Lei nº 7.853/89, que trata do apoio e da integração social das pessoas com deficiência, e o Código de Processo Civil (Lei nº 5.869/73). Segundo assinalou Alvaro Dias na justificação do PLS 216/04, a Constituição de 1988 inovou ao institucionalizar a proteção especial do Estado às pessoas com deficiência.

A intenção era, acrescentou em seguida, garantir "tratamento prioritário e apropriado aos deficiêntes, para que lhes seja efetivamente assegurado o pleno exercício dos seus direitos individuais e sociais, bem como sua completa integração social".

terça-feira, junho 07, 2011

Os deveres do Jornalista para com os Deficientes

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Sempre houve pessoas com deficiências. O que mudou foi o tratamento em relação ao tema. Como responsável pela abordagem dos temas relacionados à noção de cidadania e sua circulação na sociedade, o jornalismo tem um papel fundamental nesse processo de transformação.
Antes, as pessoas ditas "anormais" eram excluídas da categoria de cidadãos: não tinham participação ativa no mercado de trabalho,sofriam preconceitos na sociedade e inclusive no seio da família por serem consideradas no mínimo "diferentes"; era-lhes negado o direito à palavra como contribuição para o conhecimento e o debate intelectual; e também era-lhes imposto um isolamento dos círculos sociais dos "normais". Ser deficiente era trazer um problema para todos que convivessem com a pessoa.
O paradigma da exclusão, depois de uma longa luta dos deficientes e dos simpatizantes de sua causa, deu lugar ao da inclusão, que tem suas limitações, mas caminha para a eliminação das barreiras do preconceito. A discriminação provém de idéias arraigadas no imaginário coletivo das pessoas, produtor da opinião pública mais tradicional. O jornalismo, como espaço de debate e formação dessa opinião, portanto, tem responsabilidade direta sobre ela e seu preconceito.

História da Educação dos surdos

Até o final do século XV, não existiam escolas especializadas para os surdos, pois, na época, eles eram considerados pela sociedade incapazes de serem ensinados como pessoas normais. Julgadas como intelectualmente inferiores, as pessoas surdas eram em geral excluídas do convívio social. Não obstante, na intenção de auxiliar essa classe excluída e marginalizada da sociedade, alguns educadores passaram a desenvolver métodos básicos que facilitassem a comunicação entre todos. Essa comunicação incluía a língua utilizada pelos surdos naquela época com alguns gestos e sons desenvolvidos pelos educadores. Foi a partir dessa junção que se deu o desenvolvimento da Língua de Sinais que conhecemos hoje, a qual proporciona gradativamente uma facilidade no diálogo entre surdos e ouvintes, rompendo um pouco dessa "barreira” existente entre o mundo silenciado e as pessoas que eram consideradas pela sociedade como normais.
Dentre os principais educadores dos surdos, pode-se destacar como sendo o pioneiro no desenvolvimento e na educação dos não ouvintes, o professor francês Charles Michel de l’Epée. Em meados do século XIX, percebendo a necessidade que esses indivíduos tinham em se comunicar, o abade l’Epée resolveu reunir um grupo de surdos em um espaço escolar público nos subúrbios de Paris e criou métodos de comunicação para o grupo. Do ponto de vista do desenvolvimento do ensino dos surdos brasileiros, o professor l’Epée foi um grande facilitador no processo de surgimento da Língua Brasileira de Sinais.
2624847799_34e19a0095.jpg L'Épée
A partir de então, vários institutos foram desenvolvidos internacionalmente, tomando como base os princípios de l’Epée. No Brasil, a educação dos surdos também teve seu ponto de partida com os métodos de ensino desenvolvidos por tal professor. Dom Pedro II convidou o professor Huet, um surdo aprendiz dos métodos de comunicação do professor l'Epée, a praticar e desenvolver técnicas de ensino com não ouvintes brasileiros. A partir dessa vinda, em 1857, no estado do Rio de Janeiro, surgiu o primeiro instituto educacional brasileiro dos surdos: Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES).


A língua de sinais trazida da França pelo professor Huet, associada aos métodos de comunicação que os surdos utilizavam no Brasil naquela época, deu origem a uma junção de sinais e gestos manuais, corporais e visuais que possibilitaram o surgimento da verdadeira Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).


No INES, os surdos oriundos de diversas partes do país eram escolarizados, recebiam as primeiras lições estudantis e desenvolviam suas capacidades intelectuais e profissionais até então discriminadas pela sociedade. Aos dezoito anos retornavam aos seus locais de origem levando consigo o que aprenderam no INES e conseqüentemente a LIBRAS.

A educação dos surdos no Brasil
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Até a década de 60, como na maioria dos países, o Brasil seguia a orientação dominante, considerando como melhor alternativa para o ensino de crianças surdas o atendimento em separado, já que seus problemas lingüísticos as diferenciavam das crianças ouvintes.
Assim, apareceram muitas escolas especiais para surdos, onde os portadores de deficiência auditiva eram educados, predominantemente, sob o aspecto da reabilitação oral.
A partir dos anos 80, seguindo a tendência mundial de integração, adotou-se nova orientação no campo da educação dos surdos: a integração do aluno surdo ao sistema regular de ensino (Educação Inclusiva - processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus graus).
Tal tendência encontrou respaldo filosófico, legal e político-educacional na Constituição da República Federativa do Brasil (1988) que garante, em seu artigo 208, inciso III, “o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”.
Somando-se ao artigo, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990) atesta a igualdade de oportunidades que as crianças e os adolescentes com deficiência deverão possuir em termos de educação, sendo o Estado e toda sociedade responsáveis pelo seu zelamento (BRASIL, 1990).
Em 22 de dezembro de 2005,o Presidente da República assinou o Decreto n° 5.626. O capítulo IV do decreto trata especificamente do acesso dos deficientes auditivos à educação.
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A aquisição da linguagem pela criança surda

Alguns anos após a inclusão da língua de sinais nos estudos lingüísticos, foram iniciadas pesquisas sobre o processo de aquisição da linguagem em crianças surdas filhas de pais surdos. Essas crianças têm a oportunidade de acesso a uma língua de sinais em iguais condições ao acesso que as crianças ouvintes naturalmente têm em uma língua oral-auditiva. Frisa-se a palavra "oportunidade" porque representam apenas 5% das crianças surdas, ou seja, 95% das crianças surdas são filhas de pais ouvintes, os quais, quase sempre, não dominam uma língua de sinais. No Brasil, a LIBRAS começou a ser investigada em estudos na década de 80 e a aquisição da LIBRAS nos anos 90.
Estudos da aquisição da linguagem infantil realizados nas línguas de sinais e nas línguas orais revelaram a presença de algumas generalizações interlingüísticas e intermodais em relação à produção dos primeiros sinais e em relação ao desenvolvimento do vocabulário. Tais estudos trouxeram para discussão a precedência de aquisição de sinais em relação à aquisição de palavras no período de aquisição da linguagem. Definiu-se que a aquisição dos primeiros sinais representa o limite entre os estágios pré-lingüístico e o lingüístico. Logo, considerando que o processo de aquisição das línguas de sinais é análogo ao processo de aquisição das línguas faladas, os próximos tópicos apresentam os estágios de aquisição adotados nos estudos sobre a aquisição da linguagem em geral.

segunda-feira, junho 06, 2011

Mudança em benefício empregaria mais pessoas com deficiência


Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) é pago pelo governo federal e garante uma renda mínima a idosos e pessoas com deficiência.

De acordo com o senador Luiz Lindberg Farias, presidente da Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência do Senado, mudar o funcionamento do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) é fundamental para continuar avançando na inclusão de pessoas com deficiência no mercado formal.
Assegurado por lei, o benefício é pago pelo governo federal e garante uma renda mínima a idosos e pessoas com deficiência. Têm direito a receber o benefício as pessoas com deficiência cuja renda familiar per capita é inferior a um quarto de salário mínimo. O valor pago a cada uma dessas pessoas é de um salário mínimo.
No entanto, se a pessoa começa a trabalhar o benefício é suspenso. "Tem muita família que mantém uma pessoa com deficiência em casa com medo que perca o BPC e depois o emprego. Isso não ajuda. A pessoa deveria poder conseguir um emprego e não perder o benefício", afirma Lindberg.
Segundo ele, a conversa com o Ministério da Previdência para modificar as regras do BPC está em andamento. O senador também afirmou que o órgão tem mostrado abertura para o diálogo e disposição de buscar regras que respondam às necessidades da sociedade hoje.
Lindberg defende que a pessoa que recebe o BPC deverá acumulá-lo com o salário caso consiga se colocar no mercado de trabalho. "Estamos falando de pessoas que ainda vivem em situação de pobreza", disse. Para ele, garantir os direitos desse grupo, tanto em questões relativas a mercado de trabalho quanto aos demais aspectos da vida, é fundamental para o cumprimento da convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
De acordo com ele, esse será o principal assunto a ser tratado pela Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência. O tratado internacional foi adotado pela ONU em 2006 e ratificado pelo Congresso brasileiro, em 2008. O senador sugeriu que comissão de juristas auxilie a subcomissão na regulamentação do tratado. "Mas, além de novas regulamentações, é preciso fazer com que a legislação atual seja cumprida, defendeu.

Sistema de TV Japonesa NHK traduz automaticamente legendas em linguagem de sinais


Linguagem de Sinais na Rede NHK
Na semana passada, pudemos conferir uma melhoria na acessibilidade de comunicações proporcionada pela tecnologia japonesa para traduções em tempo real em conversas. Agora, os laboratórios de pesquisa da rede de televisão NHK, a maior do Japão, ajudam os deficientes auditivos com uma nova ferramenta que traduz o que está sendo dito na linguagem dos sinais com animações computadorizadas.
Linguagem de Sinais na Rede NHK
“Geralmente, legendas são suficientes para pessoas que entendem japonês e perderam a audição em algum momento, mas pessoas que nasceram surdas aprendem a linguagem dos sinais primeiro”, afirma Naoto Kato, engenheiro-chefe de pesquisas dos Laboratórios de Pesquisa em Ciência & Tecnologia da NHK. Segundo o executivo, essas pessoas acabam estudando o kanji (caracteres japoneses) naturalmente após isso, mas acham o sistema de sinais mais fácil de entender do que legendas comuns.
Revelada durante a Technology Open House 2011, o sistema da rede de televisão converte a legenda em gestos com um personagem em computação gráfica, substituindo expressões por sinônimos apropriados. Naturalmente, há alguma perda na eficácia da tradução, que ainda não se encontram fluentes, forçando os pesquisadores a ajustar manualmente os sinais. Além disso, as animações não são tão naturais, já que as expressões faciais contam bastante na hora da comunicação por sinais. Ainda assim, é uma boa oportunidade de inclusão que poderá ser, quem sabe, copiada em outros lugares do mundo, incluindo o Brasil.
O sistema visa prioritariamente ser utilizado durante emergências ou desastres naturais, podendo ajudar no alerta para pessoas com problemas auditivos.

Cardápios de restaurante não tem versão em braille


Restaurantes ignoram a lei e não têm transcrição para cegos em alto-relevo; serviço custa R$ 6 por página


"Parece que servem sopa aqui. Adoro. Ouvi a conversa na outra mesa", diz Bernadete Fonseca, 51, pouco antes de entrar no táxi que a espera, ao lado marido, na saída da Forneria San Paolo. Bernadete vê apenas contornos de luz. Sofre de uma doença que a fez perder quase toda a visão. Conheceu Geraldo Fonseca, 53, (cego desde a infância) quando procurava se adaptar - e há quatro anos estão juntos.

Gostam de frequentar restaurantes, mas nem sempre têm facilidade à mesa. Na última sexta-feira, foram à rua Amauri, o badalado endereço gastronômico do Itaim Bibi (zona sul de São Paulo). Dos 11 restaurantes dali, somente três têm cardápio em braille, como manda a lei. Acomodados à mesa da Forneria San Paolo, perguntam ao garçom sobre a especialidade da cozinha. O funcionário ensaia a leitura, mas, 15 minutos depois, finaliza poucas descrições.

Ele é interrompido, a cada instante, por perguntas como "Qual o valor desse prato?". O salão está cheio e ele não segue até o fim da lista. "O menu em braille dá privacidade. Escolho o que dá água na boca e o que posso pagar", diz Bernadete assim que o atendente se vai. Para atender aos cerca de 148 mil cegos no Brasil (número do IBGE), não é preciso investimentos altos. A transcrição, feita por instituições como a Dorina Nowill, custa R$ 60 por dez páginas.

Outro lado

A Forneria San Paolo afirma que "nunca recebeu deficientes visuais" e que "tampouco tinha conhecimento da lei". Diz nunca ter recebido a fiscalização e que vai providenciar o cardápio adaptado em breve. Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, que responde pela vigilância, "a fiscalização ocorre rotineiramente e todos os estabelecimentos da cidade são vistoriados".

quarta-feira, junho 01, 2011

Paraplégico volta a movimentar as pernas após receber células-tronco

Uma grande notícia, um grande avanço!!! Continuamos ACREDITANDO....

A terapia inédita começa a ser testada em voluntários, na Bahia. Depois de um mês e meio, o paciente já movimenta os joelhos e consegue pedalar.

Um homem que ficou paraplégico depois de um acidente há nove anos sonha em tomar banho de mar sozinho e jogar bola de novo. Há um mês e meio, ele recebeu transplante de células-tronco e, com duas sessões de fisioterapia por dia, já surpreende os médicos.
Ele já consegue mover os joelhos para cima, uma façanha para quem tem a musculatura atrofiada pela falta de uso. O paciente também está começando a levantar o corpo. O mais surpreendente para a equipe da fisioterapia é que ele está pedalando.

O policial militar, que pede para não ser identificado, não fazia nenhum movimento da cintura pra baixo. Ele ficou paraplégico depois de sofrer um acidente e passou os últimos nove anos em uma cadeira de rodas.
“Anteriormente eu tinha um tronco que estava vivo e umas pernas que não respondiam. E hoje eu percebo que eles estão vivas, pertencem a mim e só depende de mim para que elas acordem", diz.
O ponto de partida para esse progresso foi uma cirurgia realizada em 14 de abril, em Salvador. O paciente foi submetido a um transplante de células tronco. A pesquisa durou cinco anos e, antes de ser usada em humanos, a técnica mostrou bons resultados em animais.
Os médicos usam células-tronco mesenquimais, que tem grande capacidade de se transformar em vários tipos de tecido. Elas são retiradas do osso do quadril do próprio paciente e injetadas diretamente no local onde a coluna foi atingida.
A técnica pioneira foi desenvolvida por cientistas da Fundação Osvaldo Cruz, Fiocruz, e do Hospital São Rafael, onde fica um dos mais modernos centros de terapia celular do país.
Os pesquisadores estão espantados com a evolução rápida do paciente.
“Basicamente em uma semana ele já começou a ter resultados clínicos, uma melhora na sensibilidade, uma melhora na postura sentada e este paciente vem evoluindo", explica Marcus Vinícius Mendonça, neurocirurgião.
Os médicos acham cedo para dizer se ele e as outras dezenove pessoas com lesões na medula que também irão receber células-tronco vão voltar a andar normalmente.
“Esse paciente pode ter ainda outras melhoras e os outros podem ter melhoras maiores, ou iguais ou piores. Então, a gente tem que esperar", acredita Ricardo Ribeiro, coordenador do programa.
Por enquanto, o policial, entusiasmado com os primeiros resultados, faz planos. “Eu sempre gostei de praia, ir à praia, poder tomar um banho de mar sem que ninguém te carregue. Poder ir a um estádio, que eu sempre gostei de futebol, poder jogar um futebol, ir ao shopping, fazer o que eu sempre fazia".
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