sexta-feira, outubro 21, 2011

Teleton – A maratona para arrecadação no SBT se inicia hoje


Nesta sexta e sábado acontece o Teleton, que visa arrecadar fundos para a AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente. Este ano a programação especial se inicia hoje as 22h e termina amanhã à meia noite, contará com diversos artistas, cantores e humoristas do SBT e de outras emissoras, que juntos pretendem bater o recorde de arrecadação do evento.
As doações podem ser feitas por telefone ou pela internet:
  • Para doar R$5 ligue             0500 12345 05      
  • Para doar R$10 ligue             0500 12345 10      
  • Para doar R$30 ou mais ligue             0800 774 2011      .
  • Doe R$60 pelo             0800 7742011       ou www.teleton.org.br e leve o Tonzinho ou a Nina, ou doe R$100 e leve os dois
Você pode acompanhar o programa pelo SBT, Caras Online, Rede Brasil, Portal Terra e TV Gazeta. Também poderá acompanhar pelas redes sociais do Twitter @teletonoficial e pelo facebook do Teleton.

quinta-feira, outubro 20, 2011

Super-Humanos: com perna biônica, Amy Palmiero corre mais de 200km



Mesmo amputada, americana adaptou seu corpo incrivelmente à prótese e hoje disputa e ganha corridas de longas distâncias contra atletas sem deficiência O sul-africano Oscar Pistorius chamou a atenção do mundo ao ganhar nos tribunais o direito de participar do último Mundial de Atletismo, na Coreia do Sul. Conhecido como Blade Runner, Pistorius é biamputado e corre com duas lâminas no lugar das pernas. O caso dele iniciou uma discussão no esporte e fez surgir novos casos. O quarto episódio da série Super-Humanos, do Esporte Espetacular, apresenta Amy Palmiero-Winters, uma americana de 39 anos que disputa corridas de longa distância, muitas delas com mais de 200km. Incrivelmente, ela conseguiu adaptar perfeitamente a prótese que usa ao seu corpo e hoje dá muito trabalho aos atletas sem deficiência.

Amy sempre gostou de correr e, em 1994, quando voltava de um treino, sofreu um acidente. A pequena moto em que estava foi atingida por um carro desgovernado e sua perna esquerda foi esmagada. Os médicos tentaram de tudo, mas depois de três anos de tratamento e 27 cirurgias, ela aceitou a amputação da perna logo abaixo do joelho. Divorciada e com dois filhos para cuidar sozinha, Amy tinha que lidar com a deficiência, mesmo assim, não desistiu da corrida.
- Eu tinha que ter uma prótese que me deixasse alcançar os objetivos que eu estabelecia para mim. E eu precisava de alguém que tivesse a tecnologia e a criatividade de me ajudar a alcançá-los - lembrou Amy.


Amy Palmiero pronta para correr
(Foto: Divulgação)
A Americana começou então a pesquisar tudo sobre próteses para corrida e acabou descobrindo o que seria sua salvação. Além de encontrar a solução para a sua deficiência na fábrica Step Ahead (Um passo a frente, em português), ela ainda conseguiu um emprego. Hoje, ela trabalha vendendo próteses e é a melhor garota-propaganda da empresa. Se algum cliente duvidar dos equipamentos, ela mesma pode colocar e mostrar a eficiência do produto.

- A primeira coisa que me perguntaram quando entrei aqui foi: quais são seus objetivos? O que você quer fazer? Eu disse: quero correr 100 milhas. Eles olharam para mim como se eu fosse uma louca.
O presidente da empresa, Eric Schaffer, ainda recorda bem do encontro de 1997. E ele realmente achava que aquela mulher não batia bem da cabeça.
- Eu pensei: nossa, essa maluca não faz ideia do que está pedindo. Demorei anos para conseguir montar uma prótese para alguém correr provas mais simples, de 5km ou 10km, e eu já achava o máximo. E de repente ela pedia algo incrivelmente maior. Não havia em nenhum lugar no mundo uma prótese construída para alguém correr 200km. A maioria dos amputados do mundo quer apenas ter conforto e fazer coisas normais do dia a dia. Aí pensei bem, e vi que ter a oportunidade de construir uma prótese para uma corrida de 200km era algo que seria marcante em minha carreira - contou.
Eu não perdi minha vida, só perdi a minha pernaAmy Palmiero-Winters

E essa parceria deu resultados surpreendentes. No ano passado, Amy correu uma prova de 24 horas, percorreu 210km sem parar e era a única amputada na disputa. Foi aí que ela conseguiu um feito inédito: ganhou vaga na seleção americana de corrida de rua - no time para atletas sem deficiência.
- Nós estamos vendo algo que está muito à frente do nosso tempo. Nenhum amputado jamais competiu no mesmo nível de pessoas normais em torneios nacionais aqui nos EUA, e muito menos em competições internacionais. É uma façanha incrível, difícil até de traduzir em palavras - disse Eric Schaffer.
- O que mais impressiona nessa atleta é como ela integrou muito bem essa prótese, esse elemento externo, ao próprio corpo. É quase imperceptível. Se você não puder ver a prótese, você não consegue distinguir qual lado dela é afetado ou não. De tão bem que está integrado. De tão bem que está coordenado a ação dessa prótese com o joelho natural, com o quadril natural, com todo o corpo dela - disse Marcos Duarte, físico e doutor em biomecânica da USP.
Mas o caminho até aí não foi nada fácil. No início, o trabalho era pesado e complexo. Testes na esteira para começar. Mais tarde, distâncias maiores, como os 42km da maratona. Amy foi melhorando a cada dia, até fazer, com a prótese, uma marca melhor do que tinha quando ainda não era amputada.
- Eu liguei então para o diretor da prova de 100km, disse que usava uma prótese e avisei que queria correr. Ele disse: de jeito nenhum, não há a menor condição. Ninguém nunca fez isso aqui. Aí percebi que era exatamente aquilo que eu queria fazer. E fui. Cruzei a linha de chegada em último, bem próximo do tempo limite estabelecido pela organização. Mas havia encontrado minha paixão na vida - revelou Amy.
O problema era que o caminho para integrar perfeitamente a prótese ao corpo não seria nada fácil. Amy Palmiero sentia muita dor, principalmente quando encarava terrenos acidentados. Além disso, a prótese não absorve o impacto no chão como uma perna normal. Apesar de todas as adversidades, a americana seguia melhorando seu desempenho e já incomodava outros competidores.
Tecnologia x Esporte
Foi aí que surgiu a polêmica, a mesma que Oscar Pistorius enfrentou: será que a prótese, por ser mais leve que a perna natural, não dava uma certa vantagem como atleta, por carregar menos peso? Será que Amy estava sendo turbinada pela tecnologia? Os cientistas entraram na discussão para colocar um ponto final no debate: o corpo humano ainda desempenha melhor a função.
- Mesmo com essa superprótese, ela tem um desempenho duas vezes e meia menor do que se ela tivesse um tornozelo íntegro, um pé de verdade. Então de forma alguma essa prótese está ajudando ela nesse desempenho - disse Marcos Duarte.
Portanto, agora a Ciência tenta entender como, mesmo em desvantagem, Amy Palmiero consegue resultados tão incríveis e vitórias sobre pessoas sem deficiência. O primeiro fator é que ela treina muito. Mesmo no trabalho, sempre que há um intervalo, Amy corre na esteira. No fim do dia, passeia com os filhos Carlsen e Magdy e aproveita para correr mais um pouco, chegando a percorrer 60km em apenas um dia de treinamento. E o mais importante, Amy transformou todo o seu corpo, do cérebro aos pés, para se adaptar às próteses. Com isso, virou uma máquina de correr. Uma mulher biônica. E o segredo parece estar no quadril:

- Você tem que ter outras estruturas para compensar. Uma das estruturas mais comprometidas em amputados que usam prótese é o quadril. Porque você vai transmitindo esses impactos do chão e, como não tem joelho e tornozelo, acaba usando muito o quadril. Então toda a musculatura que envolve o quadril, glúteo, etc., está desempenhando um papel especial, para compensar essa deficiência que ela tem lá em baixo no tornozelo - constatou Marcos Duarte.
Enquanto isso, a americana é viagiada de perto pelos cientistas. Se eles conseguirem desvendar como essa mulher transformou o corpo para receber a prótese, muita gente que passou pelo mesmo trauma que ela pode ser beneficiada.


VOCÊ PODE "Homem sem braços que toca violão e guitarra"

Se você acha que tem problemas... dificuldades... que sua vida poderia ser melhor.. ou se suas limitações já te dominam vejam esse vídeo e não esqueça por mais difícil que você acha que seja... *VOCÊ PODE!* DEUS NOS ABENÇOE!

Esportistas com deficiência podem participar do Bolsa Atleta


Os esportistas com deficiência física também estão contemplados na política de incentivo a atletas de alto rendimento do governo federal, que tem inscrições abertas até 26 de novembro. Criado em 2005, o programa Bolsa Atleta foi alterado pela lei 12.395, sancionada em março pela presidente Dilma Rousseff.
Agora, conta com a categoria Atleta de Base, que coloca o foco nas práticas esportivas de alto rendimento, ou seja, aquelas que compõe o programa dos jogos Olímpicos e Paraolímpicos. A alteração também faz com que atletas que tenham patrocínio possam receber a bolsa.
A lei ainda elevou o valor pago pelo programa e criou outra categoria de bolsa: o Atleta Pódio, para beneficiar os atletas de modalidades individuais olímpicas e paraolímpicas, e os programas Cidade Esportiva e Rede Nacional de Treinamento, mas estes ainda passarão por regulamentação.
As inscrições devem ser feitas pelo site do Ministério até o dia 26 de novembro, no endereço www.esporte.gov.br/snear/bolsaAtleta/. Para conceder a bolsa, o Ministério do Esporte exige, agora, maior participação das entidades nacionais de administração do desporto - as confederações - na indicação dos eventos esportivos que confirmem o desempenho dos atletas, assim como no controle de dopagem.

sexta-feira, outubro 14, 2011

Tetraplégicos desafiam a ciência ao jogar rúgbi em cadeira de rodas


Há poucas lesões piores do que um pescoço quebrado, mas Steve Brown, Mandip Sehmi e a equipe da seleção inglesa de rúgbi de cadeira de rodas parecem desafiar a ciência. O intenso programa de treinamento para as Paraolimpíadas de Londres, em 2012, fez os atletas atingirem altos níveis de condicionamento e ultrapassarem os limites previstos ao desenvolverem as funções que ainda possuem.
- Eu não precisaria ter perdido dois terços do meu corpo para poder tirar o máximo do terço restante, mas foi assim – afirma Steve Brown, que fraturou o pescoço ao cair de uma sacada.
- As minhas funções começam dos mamilos para cima, quando eu respiro, eu não uso os músculos do tórax, que são parte da respiração. Portanto, minha respiração é muito prejudicada em relação a quem não é paralítico – explica Mandip Sehmi, que quebrou o pescoço em um acidente de carro.
Apesar da menor resistência respiratória, Mandip e os outros atletas têm se esforçado ao máximo para se preparar para o evento mais importante de suas vidas, as Olimpíadas. Com a aproximação dos jogos de Londres, o impacto do intenso treinamento da seleção de rúgbi de cadeira de rodas é continuamente avaliado por meios científicos, na universidade Loughborough, na Inglaterra.
- O Mandip é uma figura extraordinária. Ele tem braços extremamente longos, o que o beneficia em sua técnica de impulso, enquanto Steve tem outras qualidades: determinação, motivação – explica Vicky Tolfrey, pesquisadora da universidade.
Segundo a especialista, Mandip e Steve conseguem utilizar os braços devido ao local em que sofreram a lesão na espinha: entre as vértebras cervicais conhecidas como C1 até C7, que apoiam o pescoço.
O rúgbi de cadeira de rodas
Jogadores se chocam durante partida
(Foto: Reprodução SporTV)
Originário do Canadá, o esporte foi criado por pessoas que não tinham força ou capacidade suficiente para jogar basquete em cadeira de rodas.
- É um esporte bem perigoso. Às vezes, é importante dar um tranco em alguém. Dá para notar pelas cadeiras quebradas e pelos solavancos que levamos, e faz parte do esporte. Eu adoro. Jogadores de futebol podem quebrar a perna, e nada na vida é 100% seguro. Acredite, nós quebramos o pescoço – brinca Steve.
Após três anos de treinamento, Steve chegou à seleção inglesa e agora luta por uma vaga nos Jogos de 2012.
- Só porque é um esporte paraolímpico, não significa que a vaga seja dada de bandeja. Treino todos os dias para estar na seleção. Treino todos os dias pensando nos australianos. Se eu deixo de treinar um dia, é uma vantagem para eles. Espero que Londres 2012 seja a minha hora e a minha vez. E Deus sabe que eu fiz de tudo para tornar isso possível.
 
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