segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Em Fortaleza, direito à acessibilidade para deficientes físicos não é respeitado

Em Fortaleza, no Ceará, a frota de ônibus adaptados destinados a portadores de deficiência física não é suficiente para atender a demanda, por exemplo, da população de cadeirantes. Como se não bastasse, os poucos veículos que dispõem de rampas ou elevadores não contribuem para que essas pessoas tenham garantido seu direito de ir e vir como qualquer cidadão ou cidadã brasileira. O fato ficou bem claro na semana passada quando Yan Douglas, de nove anos, foi impossibilitado de fazer sua consulta na Associação Beneficente Cearense de Reabilitação (ABCR). O garoto tem paralisa cerebral e, pelo menos, uma vez por semana precisa fazer sessões de fisioterapia.No último dia 4, Yan – junto com a mãe, Aline Lima da Silva; o tio Péricles Davy; e um irmão – esperava o ônibus Planalto das Goiabeiras (linha 110, da empresa Vega). Depois de horas de espera um primeiro veículo adaptado passa e, mesmo recebendo sinal para parar, segue em frente, ignorando as pessoas. Depois de mais uma longa espera, outro ônibus chega e faz o mesmo: ignora que tem cidadãos que precisam de seus serviços.
“Nós quatro ficamos que nem tolos! A mãe ficou com os olhos cheios de lagrimas. Uma das crianças perguntou por que eles não pararam. Minha irmã e eu sabíamos a resposta: Porque é fácil cumprir os nossos deveres, mas os direitos e as leis não. Essa não foi a primeira vez que isso ocorreu e o Yan perdeu mais um consulta”, afirmou, em denúncia, Péricles Davy.
O presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Ceara, David Farias, disse lamentar o fato mas foi enfático: fatos como este que ocorreu com Yan acontecem diariamente e são muitas as denúncias recebidas pela Associação.
“Infelizmente isso é muito comum. As pessoas com deficiência física são excluídas em seus direitos mais básicos. Nos ônibus a gente vê muito isso. Falta uma preparação por parte dos motoristas de cumprir as leis”, afirmou.
Segundo ele, dos 1.600 veículos que formam a frota de ônibus em Fortaleza, 196 são adaptados. “O número é insuficiente”, disse. Estima-se que na capital cearense existam 87 mil deficientes físicos.

Um comentário:

Unknown disse...

Sou supervisora da faculdade Fanor,temos quadras de esportes,piscina e quadras,poderíamos pensar em algo para ajudar esse público

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