segunda-feira, junho 13, 2011

Depois de cirurgia pioneira, menina que tinha paralisia cerebral realiza sonho de dançar.

Sophie Nugent

Sophie Nugent, 6, sempre quis dançar, mas os efeitos colaterais de uma paralisia cerebral impedia a menina de realizar o seu sonho. A doença foi diagnosticada quando ela tinha 18 meses e, durante os 5 primeiros anos de vida, a garota não pode andar. A historia mudou quando, no ano passado, Sophie sofreu uma cirurgia pioneira nos Estados Unidos. Quatro dias depois do complexo procedimento na coluna vertebral, a menina deu os primeiros passos e já ganhou uma bolsa de estudos para estudar jazz em um estúdio.
“Quando ela foi diagnosticada, cheguei a pensar que jamais a veria andar, muito menos dançar”, afirmou Debra, mãe da garota, ao jornal Daily Mail. A mulher ainda contou que o dia de comprar o primeiro collant de Sophie foi um dos momentos mais felizes de sua vida. “Eu nunca tinha visto ela sorrir com tanta vontade. Ela também não queria mais tirar a malha”, explicou.
Na época da descoberta da doença, os médicos disseram aos pais da menina que ela jamais andaria sozinha – somente com o apoio de andador ou em uma cadeira de rodas. Isso porque a paralisia teve como conseqüência um distúrbio que causa alteração na contração e relaxamento de músculos dos pés (espasticidade muscular). Resignados com o diagnóstico, os pais recuperaram a esperança de ver a filha andar depois de ouvir falar de um procedimento novo realizado no hospital infantil St Louis, localizado nos Estados Unidos. A cirurgia teria que ser complementada com sessões de fisioterapia por muitos anos.
O médico que operou Sophie, Dr.T S Park, é o único do mundo capaz de realizar a cirurgia – que ainda não está disponível na rede pública de saúde. Para pagar o procedimento, de 40 mil libras (cerca de R$ 104 mil), os pais da garota fizeram um empréstimo bancário. A comunidade onde a família vive também ajudou a levantar fundos. Segundo o Dr.T S Park, cerca de 2 mil crianças já passaram pela cirurgia. O especialista tem sido procurado por colegas do mundo inteiro para falar sobre sua técnica, que consiste em cortar os nervos para dar de novo a mobilidade correta à área afetada pela espasticidade muscular.
Debra explicou ao jornal britânico que teve apenas seis meses para levantar o dinheiro, já que o procedimento precisaria ser feito nas férias de verão. “Sophie acabou se tornando uma espécie de celebridade na região em que vivemos. Todos foram muito generosos conosco”, afirmou. A primeira coisa que a menina teria dito assim que soube da cirurgia foi: “Vou dançar”. E, de fato, conseguiu.

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