segunda-feira, maio 30, 2011

Atleta paraolímpico tem apoio de irmão no Ironman em Florianópolis

A lição é de cumplicidade, devoção e superação de limites: como irmãos podem ser mais do que irmãos. A inspiração veio de outra história emocionante exibida no “Fantástico” há quase três anos: o exemplo do americano Dick Hoyt, um pai que não mediu esforços para ajudar Rick, o filho com paralisia cerebral, a participar de maratonas e triatlos.
“Esta história é um grande exemplo de vida para sociedade contemporânea. Para nós, é uma grande inspiração”, diz o professor de história e triatleta Arthur Pires.
Arthur é triatleta. O irmão, Chiquinho, nasceu com uma severa deformidade na coluna vertebral que limita a capacidade respiratória e desequilibra o andar. “Dificuldade, barreira e impedimento isso não tem. A cada desejo, a cada sonho é um passo a mais”, afirma Chiquinho Pires, que também é professor de história.
O novo passo de Chiquinho era gigante: participar do Ironman, o duríssimo triatlo de longas distâncias. Foi o desafio que fez ao irmão. Ao todo, são dois mil atletas inscritos e entre eles Arthur e Chiquinho. O desafio que eles têm pela frente é nadar 3,8 quilômetros, depois pedalar 180 quilômetros e por fim correr uma maratona de 42 quilômetros.
No meio de um cardume de nadadores, Arthur reboca Chiquinho em um pranchão de surfe. O ciclismo é a etapa mais longa. A bicicleta é adaptada com dois assentos. Na maratona, Chiquinho vai em uma cadeira que lembra uma espécie de triciclo. Os passos firmes de Arthur tornam realidade o sonho do irmão, que não aceita limites para viver.
“Uns nos acham ocos, outros nos acham um exemplo a ser seguido. Mas nós queremos curtir nosso barato”, disse Chiquinho.

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