segunda-feira, janeiro 30, 2012

tabuleiro de xadrez para deficientes visuais

O design inclusivo como o próprio nome dá a entender tem como principal objetivo fazer a inserção ou reinserção de pessoas com algum tipo de necessidade especial.
Esse tipo de design contempla deficientes auditivos, visuais ou com qualquer outra dificuldade motora, como também os deficientes mentais. Há sempre algum designer ou estúdio de design disposto a desenvolver um objeto que pode, literalmente, facilitar a vida de pessoas com algum tipo de deficiência.

Desenvolver objetos lúdicos ou qualquer produto de recreação como jogos de diferentes formas também é uma maneira importante de reinserção na sociedade promovida pelo design inclusivo.

Um exemplo importante desse tipo de design e que merece total destaque na mídia e junto aos profissionais do design inclusivo é o tabuleiro de xadrez para deficientes visuais. Desenvolvido Amanda Iyomasa o tabuleiro mereceu destaque na última edição do Prêmio Design Museu da Casa Brasileira, ganhando menção honrosa na categoria protótipos.

Como funciona o tabuleiro de xadrez para deficientes visuais?
No tabuleiro de xadrez para deficientes há vários orifícios para encaixe das peças (são os espaços onde ficam as peças dos jogadores). As "casas" escuras são lisas, já as "casas" brancas do tabuleiro possuem saliências semelhantes às encontradas nos objetos com escrita em Braille.

Pessoas com deficiência participam de roda de capoeira

Com os olhos fixos no capoeirista, Fabiano dos Santos, de 11 anos, sonha em reproduzir a ginga do mestre. Ele, que nasceu com paralisia cerebral, comemora os avanços conquistados desde que passou a participar das aulas no Centro Integrado de Reabilitação (CEIR). “Eu gosto muito de jogar capoeira. Só perco quando tenho prova”, garante.
Fabiano foi um dos que trocou a corda verde pela corda amarela na manhã deste domingo (29), em batizado realizado pelo CEIR no Ginásio Poliesportivo Edmilson Jorge, do bairro Dirceu. A cor representa mais um passo no aprendizado e na quebra dos limites impostos pela deficiência.

A dona de casa Nirinalva Mendes da Silva trouxe a família toda para assistir à apresentação do filho, Lyedson Matheus, de 4 anos. Sem esconder o orgulho, ela revela que o filho “melhorou muito desde que começou a fazer capoeira no CEIR. Antes, ele não segurava o pescoço e não tinha equilíbrio nenhum. Agora rola e dobra as pernas”. A conquista é motivo de emoção ainda maior quando a mãe lembra que o obstetra não acreditava na sobrevivência do menino após a constatação da doença no parto.

Para o educador físico do CEIR, Childerico Robson, o trabalho desenvolvido com as crianças é fruto de grande satisfação pessoal. “Me sinto realizado em saber que contribuí nem que seja um pouquinho para a melhoria de vida desses meninos e meninas”, frisou. Hoje, ele trabalha a capoeira como instrumento de reabilitação para 16 crianças que recebem tratamento no Centro.

A atividade deste domingo foi mais uma das iniciativas da instituição no sentido de integrar as pessoas com deficiência. Por esta razão, foi realizada junto com o batizado de capoeiristas do grupo Iê Berimbau, que trabalha com a reinserção social de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade da zona sudeste de Teresina.

Para a mãe do Gabriel, Eliane Ferreira, valeu a pena pegar uma carona de onde moram, na Vila do Avião, para ir ao Dirceu ver o filho provar que uma pessoa com deficiência pode jogar capoeira. “Em apenas 5 meses de treinamento ele já melhorou bastante. Antes caía muito e se machucava. Os médicos dizem que ele tem distrofia muscular. Hoje, ele quase não cai mais. É muito bom ver esse progresso”, pontuou.
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